Num preciso momento somos uma semente, e estamos diante da maior necessidade de nos plantarmos, para podermos germinar. É neste momento que passamos a existir.
Ficamos tão envolvidos na construção do nosso corpo e mente, e alcançado esse tempo, ficamos diante do maravilhoso duelo, o acto da existência.
Aqui somos observadores e nos esclarecemos acerca desse momento da vida humana. A existência fica marcada nas expressões do nosso rosto que despontamos para o mundo. Crescemos, e desse crescimento analisamos apenas um dos aspectos que nos incita a estabelecer um diálogo intenso entre as nossas forças, um diálogo para o nosso mundo mais íntimo, um diálogo connosco mesmos.
Podemos saborear apenas o gosto dessa visão, podemos nos expor e aquecermos num olhar insustentável da leveza do nosso ser, em que habitamos docemente.
Estamos, aos poucos, a lapidar-mo-nos, aparamos as arestas aguçadas que adornam o nosso espírito. Tentamos ser divinos na nossa natureza, aceitamos o que somos nesse estágio de evolução.
Quanto mais nos esforçamos, mais cometemos erros. O ideal é sermos naturalmente.
Faltamos muitas vezes com o amor ao próximo e exacerbamos na nossa vaidade, mostrando aquilo de que não precisamos ser.
Precisamos de muitos momentos de reflexão e de conhecimento interior para alcançarmos e nos tornarmos melhores como humanos.
Desejo a todos um Feliz Ano de 2011.
Lumena Oliveira