6.10.10

Sociedade


Sexo, Sexualidade e Sociedade

Como é possível confundir-se sexo com sexualidade?

Sexo é natural, quando as pessoas em geral pensam nesta palavra, imaginam relação sexual, imaginam coisas ligadas ao prazer sexual e dizem: "vamos fazer sexo". Tudo errado, porque sexo não se faz, sexo já existe. O feminino e o masculino já estão definidos nas sementes da vida das mulheres e dos homens, ou seja, os óvulos e os espermatozóides, já são as estruturas.

Sexualidade é o universo mais íntimo do ser humano e se manifesta de forma diferente em cada ser humano, e sempre de acordo com as vivências experimentadas. E só se torna repressão e pervertido quando infelizmente a sociedade toma atitudes contrárias ao conteúdo afectivo, como por exemplo: podemos observar nas escolas que não é fácil abordar, mas deveria ser. Os próprios professores não estão à vontade para abordar este tema, visto os alunos se sentirem envergonhados. Não deveria ser assim, porque a sexualidade vai ao encontro do funcionamento do aparelho reprodutor feminino e masculino, entre outros assuntos de mera importância.

Atracção sexual também não tem nada a ver com amor. Uma coisa é completamente diferente da outra. Atracção sexual é desencadeada por estímulos visuais e em nada tem a ver com amor, que é algo sentido através do amor incondicional, desse amor dentro de nós próprios, amarmo-nos para podermos amar outros, ou seja, amarmo-nos conhecendo o verdadeiro relacionamento pessoal com Deus, não baseado em sentimentos, porque amor não é uma afeição, é simplesmente um relacionamento íntimo através da fé em Cristo.
Assim, toda a educação sexual, sexualidade na sociedade terá relacionamento perfeito.
Lumena

14 comentários:

Edson Carmo disse...

O Sexo deixou de ser uma atividade física, para ser uma atividade mental. Todo o sexo da sociedade “civilizada” processa-se na cabeça. Daí toda a perversão...

O Amor se perdeu, a humanidade se corrompeu... daí a prostituição, os adultérios, a pedofilia, a homossexualidade...

Edson Carmo

Lumena Oliveira disse...

Edson Carmo,

Ver o sexo como uma actividade mental, constitui perversão. Podemos fazer uma analogia a uma situação muito simples para percebermos como funciona a parte perversa da mente.
Olhamos para um rio e à partida sabemos que vai desaguar no mar, que é o seu objectivo final, podem também existir diferentes direcções, consoante o caminho quer o rio atravessa, ou os obstáculos que encontra, mas vai dar sempre ao mar.
Na mente perversa o que encontramos é que se perde o fim e fica-se somente no gozo do caminho, ou mesmo dos caminhos diferentes, a mente corre excitantemente por novos ou diferentes caminhos, mas nunca sabe qual o seu fim.
A mente perversa relaciona-se através de ilusão de que pode viver sem um determinado fim, mas na realidade está a fazer uma comunicação vazia.
É desta forma que a sociedade vive, a sociedade disfruta de prazer, sem um objectivo, daí todos os malefícios de uma sociedade doente.

Grata pelo comentário.

Abraços,
Lumena

Eduardo Medeiros disse...

Realmente sexo e amor não estão ligados. Sexo é instinto. Nos temos assim como todos os animais têm. A função precípua do sexo é perpetuar a espécie. Mas nós, seres racionais podemos transcender a natureza. Quem hoje em dia só faz sexo para procriar? Se há os tais, tudo bem, mas aí a cada ano os tais terão um filho e não sei se isso hoje em dia é uma atitude sábia.

Enfim, o que quero dizer é que nós conseguimos domar a finalidade do sexo e ter relações sexuais apenas pelo prazer. Não vejo nada de arrado nisso. O prazer pelo prazer desde que feito por duas pessoas adultas(não me refiro aqui às pervessões e banalizações). Apesar de eu concordar com o prazer pelo prazer, também acho que um dia todo prazer fica vazio, sente falta de alguma coisa, cai na rotina, se exaure em si mesmo. O amor, não, este nunca acaba. Sexo com amor é a fórmula ideal para um vida mais gratificante.

abraços

Lumena Oliveira disse...

Eduardo Medeiros,

O sexo é natural, ora advém do instinto. O sexo à partida, é igual nos humanos como nos animais, digo sexo!
Ele está presente como potência do corpo material, só do corpo material. Dizer fazer sexo por prazer, simplesmente porque se tem consciência dessas sensações. Ninguém está a dizer que é errado. Não se trata de liberação sexual, mas em termos de sexualidade é fundamental para que um ser humano se sinta seguro na vida.
Agora, repressão e perversão, por parte das religiões, por parte da sociedade é uma violência terrível.

Quem hoje em dia só faz sexo para procriar? Penso que ninguém, mas a questão não vai só por aí.
A educação sexual, nas décadas dos anos 30 e 40, partia-se do pressuposto de que a sexualidade era uma energia que precisava de ser domada, controlada e destinada somente a procriar. Há uma necessidade de desvincular a sociedade dos tabus e preconceitos.

Agora, prazer sexual no sexo é outra coisa, completamente diferente. Não tem nada a ver com perversões e banalizações, desde que, feito com consciência, e cuidando do lado material.

Amor na acessão da palavra, para mim é muito mais, mas muito mais do que simplesmente o sentimento aliado à relação sexual. É uma energia inesgotável, que se renova continuamente. O amor enquanto existir é sempre descoberta, revelada, admirada, adorada e desejo de união com o que nos transcende, aquilo que dá ordem e sentido ao mundo. Quando é compreendido, é dom, é graça que dá louvor e reconhecimento. É o lado espiritual.

Grata pelo comentário!

Abraços,
Lumena

Eduardo Medeiros disse...

Lumena, concordo com tudo que você disse.

O sexo, instinto, prazer, vê no outro um objeto de satisfação; o amor, olha o outro como objeto de devoção. Mas um não exclui o outro. O outro completa o um.

acho que é isso..rsssss

abraço

Lumena Oliveira disse...

Eduardo Medeiros,

Sim, é isso rsrsrsr :)

"o amor, olha o outro como objeto de devoção."

É a percepção de outro nível de realidade inseparáveis e unos.

"Mas um não exclui o outro. O outro completa o um."

Tudo o que se dá ao outro, se dá a si mesmo.
E é esse amor, por tudo, por todos e por nós, que tráz a paz que ultrapassa o entendimento, que brilha na nossa mente de forma a percebermos os problemas da vida de uma forma apropriada, sem ilusões, apêgos ou julgamentos. É a essa paz que Cristo chamou Bem-aventurança, a nossa Auto-realização.
O amor deve ser tão natural quanto viver.

Mui grata amigo Eduardo!

Abraços,

Graça Pereira disse...

Minha Querida
Mas a confusão permanece: sexo e sexualidade!
Os professores não estão preparados por várias razões: ás vezes, nem eles proprios sabem fazer a destrinça e depois inevitávelmente os alunos perguntariam: a homosexualidade é uma forma de amor? Está errada, está certa?
Trabalho com um grupo de adolescentes (sou catequista e fui professora de EMR) e comecei já a aflorar a sexualidade numa altura em que o corpo sofre mudanças. Olhos nos olhos, acolheram muito bem! Mas é fácil falar neste tema quando, paralelamente se tem um projecto de vida e um sentido do caminho!
Tive a felicidade de viver a minha sexualidade com Amor e...então, é uma bênção maravilhosa de Deus.
Beijocas e uma semana feliz.
Graça

Lumena Oliveira disse...

Graça Pereira,

Olá querida,

Compreendo perfeitamente qual a falta de preparação de muitos professores e, se questionam perante sexo e sexualidade, nas escolas. Se aprofundarem de forma a irem ao encontro do entendimento, tudo flui com naturalidade. Os jovens colocam questões e, isso é bastante saudável, nós os pais e os professores temos que estar preparados para falar abertamente sobre essa questão, da melhor forma.

"A homossexualidade é uma forma de amor? Está errada ou certa?"

O certo e o errado são relativos de acordo com diferentes culturas e sociedades.
Ser homossexual é um estado ou uma orientação, uma pessoa que tem orientação homossexual não pode jamais expressar essa orientação em acções. Uma pessoa pode se envolver em actos homossexuais mesmo sendo de uma orientação heterossexual. O que a Bíblia condena são as acções e comportamento homossexual. E a Bíblia não condena uma pessoa por ter orientação homossexual. O que ela condena são os ACTOS homossexuais. É perfeitamente possível ser homossexual e ainda assim ser um cristão cheio de Espírito e nascido de novo.

O problema da homossexualidade são os ACTOS, E Deus não é contra a nenhuma forma de amor.
A sexualidade nas escolas e em casa tem que ter um propósito muito firme e fiel, na educação das crianças e adolescentes.

Se formos definir o amor entre os heterossexuais e homossexuais, os seus sentimentos são os mesmos! Sentem da mesma forma uns e outros. O problema são os ACTOS praticados, tanto de uns como de outros.

Be:)inhos e continuação de semana feliz.

Lumena

José María Souza Costa disse...

Um texto explendoroso, vim lhe convidar a visitar o meu blog e se possivel seguirmos juntos por eles estarei grato lhe aguardando lá
http://josemariacostaescreveu.blogspot.com

Lumena Oliveira disse...

José Maria Souza Costa,

Grata! Estou a seguir o seu blog!

Lumena Oliveira

Adh2BS disse...

Olá, Lumena.
A atração sexual tem sido usada como moeda no mercado, tem sido estimulada precocemente nas crianças para ser um instrumento de domínio da mente voltada ao consumo de pornografia, do ato sexual pago... Concordo que deveria ser fácil e natural falar do assunto, inclusive e principalmente nas escolas, justamente para evitar o desvirtuamento de um ato físico que cabe muito bem num relacionamento onde haja amor.
Grande abraço,
Adh

Lumena Oliveira disse...

Adh2bs,

Olá Adhemar!

Peço desculpas de só agora dar uma palavrinha ao seu comentário. A minha ausência não permitiu entrar na altura, nem postar algo novo. Vou desde agora estar presente como sempre estive, fazendo também visita aos blogues.
Grata, pelo comentário e subscrevo as suas palavras, sendo um dos factores que ainda é usada como "moeda no mercado", são estas as palavras bem indicadas.

Um grande abraço,
Lumena Oliveira

Graça Pereira disse...

Passei para te deixar um beijo!
Graça

Lumena Oliveira disse...

Graça Pereira,

Olá querida amiga!

Grata pelo carinho que deixas aqui. É muito agradável a forma da tua presença, mesmo por poucas palavras.

Um grande be;)o,
Lumena Oliveira