20.6.10

Máscaras



Dualidade e Apêgo

Vivemos num mundo de máscaras, infelizmente. Muitos utilizam deste artifício para tentar se proteger.

A sociedade nos impõe regras vigentes, a educação é uma fábrica de doutrinas, consoante crescemos vai-nos sendo ensinado uma determinada forma de estar no mundo e o aceitamos. O respeito, a gentileza e bons modos, são ensinados através da educação. E depois o que surge? a sociedade com regras que nos diz o que acha melhor para nós. Todos se cumprimentam com sorrisos, embora se odeiem noutras circunstâncias. Então, colocam uma máscara e disfarçam o que realmente são. E é isso, não podemos ser o que realmente somos, mas, sim ser o que a sociedade precisa.

Toda a gente consegue mascarar o corpo, mas será que alguém conseguiu mascarar a alma?

Claro que ninguém, e porquê?

Porque a alma diz ao corpo: dá a mão a um amigo que sofre e se sente perdido, sorri para quem se cruza no teu caminho, abraça quem estiver triste, assim, a alma ficará repleta de luz e reflectirá no dia-a-dia, sente-se a alma em paz. Devemos continuar a trilhar um caminho onde o brilho do nosso olhar e o sorriso comece a enriquecer a nossa existência.

O amor é como o Sol, sabe como renascer, então vale a pena renascer.

Lumena

19 comentários:

Edson Carmo disse...

O sistema, o Statu quoé a estrutura onde se exibem grandes peças teatrais. Nele existem os que estão interpretando seus papeis; existem os que são as platéias – esses que aplaudem e pagam os “espetáculos”; existem os diretores – os que comandam o “show”, e ainda existem os bastidores – aqueles que trabalham em oculto para que tudo aconteça. Para sair da fantasia – o estado atual das coisas – é preciso abandonar o teatro. Há uma vida real fora do teatro.

Edson Carmo

Lumena Oliveira disse...

Vivemos hoje num mundo que se está a tornar a cada dia mais inexpressivo, padronizado, sem diversidade cultural, com indivíduos que se afastam das necessidades essenciais da vida, em troca das necessidades fabricadas pela sociedade do consumo.
Existe sim, uma vida real fora do teatro.

Grata pela excelente explanação.

Lumena

Comunidade indo disse...

No estado animal do homem, ele usa o mimetismo, que são essas máscaras, essas mentiras por trás das quais ele se esconde. É a sua forma de se defender e também de atacar.

Convido todos a participarem da Escola de Significados Virtual, deixando uma pergunta no Chat Satisang.

Que haja entendimento,

Escola de Significados

Especialmente Gaspas disse...

é bem verdade... e o pior é que se saimos "da linha" definida e que é bem vista... somos postos de parte e somos os esquisitos...

Lumena Oliveira disse...

Comunidade Indo,

No estado animal do homem são sentidos a cada dia. Muitos homens sem saber dessa definição são vítimas dos desejos miméticos.
Vamos mais atrás, a arma utilizada por Lúcifer, no Éden, foi a propagação dos seus desejos, então, quem desejava ser igual a Deus era ele mesmo.
Esse desejo tem reflexo na violência quotidiana.

Grata pela colaboração, e também pelo convite. Vamos participar.

Lumena

Lumena Oliveira disse...

ESpeCiaLmente GaSPaS,

A sociedade no seu todo são vítimas ocultas, que somos nós mesmos.
Não enxergamos os melhores valores da humanidade.

Grata.

Lumena

Sac do Amor disse...

Lumena, minha querida, como estás? Tudo bem?

Sobre a tua opinião manifestada no texto, digo que aceito e compreendo, e já pensei muito nisso; na verdade essa é uma questão fundamental na vida de todos nós.

Claro que seria melhor se pudéssemos ser sempre o que realmente somos, pois ser natural não nos deixaria tão tensos. Porém, devido a vivermos em sociedade, e nem todo mundo pensar exactamente igual em todos os momentos, creio que um pouco de tacto não nos torna tão ruins assim, ao contrário, até ajuda bastante a vivermos bem uns com os outros, a convivermos (com um ENCONTRO, não com um CHOQUE).

Há pessoas que, por motivos que ignoro, são sempre portadores de máscaras, onde vão levam junto seus escudos intransponíveis, por vezes até fazendo deles armas de ataque. Tenho certeza que fazem mal primeiramente é a elas próprias. Há que se entendê-las, e não atacá-las, porque talvez sejam infelizes e precisem de ajuda, ou no mínimo de serem deixadas em paz.

Lumena, te adoro, e tudo o que escreves é com a alma, com o teu ser mais sincero e amigo. Tens sempre algo de bom e maduro a transmitir, mesmo não tendo tanta idade assim ainda.

Passei apenas para desejar-te boa semana, nesta Segunda-feira que acaba de iniciar-se.

Tudo de bom para ti e para a tua família. Fiquem com a Luz.

Au revoir.

A Flor do Sul disse...

Esqueci de postar com o meu nome do blogue, era eu, o Hakime.

Abraços mais uma vez.

Lumena Oliveira disse...

Sac do Amor, Olá Hakime!

Desconhecia esse blog, mas pelo conteúdo do comentário reparei que era tu.
Já fui ver o blog "Sac do Amor", que se trata de aconselhamento sentimental, e a equipa faz bem o seu trabalho.

Grata pela contribuição do teu comentário sempre sensacional.

Au revoir,

Lumena

GregórioJr. disse...

Obrigado por estar seguindo o Blog do consumidor, convido-a a Conhecer outros blogues que possuo:

www.arte-em-letras.blogspot.com
www.photodrawart.blogspot.com
www.protestocristao.blogspot.com

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Obrigado pelos elogios à nossa equipa, Lumena. Eu sou o único homem de lá, fui convidado pela Madame X, minha amiga Deborah de Israel. Procuramos todos ajudar da forma que acharmos melhor, mas é claro que ninguém do Sac do Amor é especialista no assunto (risos). Ninguém pode ser, não é?

A sigla "S.A.C.", no Brasil, se diz da mesma forma que em Portugal?

Lumena, não tens de agradecer pelo comentário, não, eu venho porque é bom ler teus escritos. E desejo todo o sucesso merecido ao livro da equipa que formam tu e o Edson.

Vim hoje apenas a ver se tinhas postado novo texto, e também já pegar o selo do meme, que está na hora.

Abraços cordiais. Te cuida bem, amiga.

Lumena Oliveira disse...

João Batista Gregório Jr.,

Grata pela retribuição e irei visitar os outros 3 blogs.

Lumena

Lumena Oliveira disse...

Hakime Goul Djounoubi,

A equipa do "SAC do Amor", trabalha de forma a se descontrairem, a se formarem novas
amizades e se ajudarem. É óbvio de que não são especialistas na matéria, mas a ideia é genial.

A sigla S.A.C., em Portugal quer dizer: Serviço de Apoio ao Consumidor. No Brasil, penso que vai dar ao mesmo sentido.
Sac do Amor, é mais um blog de aconselhamento sentimental. Para isso, penso que com formação na matéria se faz um belíssimo trabalho.
Gostei de visitar o blog das entrevistas, e vão em frente que estão a ter excelentes visitas.

O livro está em formação embrionária, e assim que esteja pronto farei aqui no blog a apresentação do mesmo.

Hoje, postarei um novo post. Volta amanhã para o leres (risos).

Abraços amigo Hakime!

Lumena

Eduardo Medeiros disse...

tua frase: "E é isso, não podemos ser o que realmente somos, mas, sim ser o que a sociedade precisa."

Mas o que aconteceria se de repente, todo mundo fosse o que realmente é e mandasse as regras sociais para o espaço?

Quem de fato somos? Quem de fato se conhece plenamente?

São apenas reflexões que me veio com a leitura do teu texto. Mas concordo com você. Vamos tirar as máscaras na medida do possível.

beijos

Lumena Oliveira disse...

Eduardo Medeiros,

"Mas o que aconteceria se de repente, todo mundo fosse o que realmente é e mandasse as regras sociais para o espaço?"

Todos nós viveríamos em harmonia como vive todo o universo, sem o homem!

"Quem de fato somos? Quem de fato se conhece plenamente?"

Somos um com o universo. A terra olhada de longe, não permite a visualização da sua população viva, sejam peixes, animais, homens...
Ela de longe não está dividida! Olhe para o corpo humao, e consegue ver para além da pele? Se pudesse ter uma mente mais apurada veria células, bactérias, anti-corpos... De longe o corpo é um, mas de bem perto existe uma infinidade de outros pequenos seres.
Me pergunta: quem somos e, eu lhe digo, somos todos um. Mas a mente humana dividiu, e agora o homem não sabe mais de si mesmo.

Grata mui grata pela colaboração!

Lumena

Eduardo Medeiros disse...

Lumena, sua resposta foi muito boa, aliás, é assim mesmo que eu penso: Somos todos um, mas nós, seres conscientes, nos dividimos em muitos. Logo, teríamos que ultrapassar o que cada um de nós é e pensa, e constatar que de fato, somos um. Então, só seremos um quando todos pensarem como um. Uma ideia maravilhosa que eu mesmo gostaria de ver implantada, mas que levará ainda séculos para ser percebida.

abraços

Lumena Oliveira disse...

Eduardo Medeiros,

Sim, existe uma forte sincronia entre tudo o que liga a humanidade com o universo. É uma espécie de elo que nos une como um DNA.
Para que todos nós nos conheçamos e sabermos de onde viemos, nós próprios precisamos ouvir as vozes internas da nossa inteligência emocional.
Existem muitos níveis de evolução, mas para que possamos participar da sincronicidade emocional, que une os seres humanos entramos em contacto com o todo.
Quando nascemos chegamos completos, porém durante o processo da vida adquirimos medos e construimos escudos que nos afastam do caminho que nos foi traçado pelo todo, e muitas vezes, não aceitamos ideias novas e ficamos presos ao plano terreno e perdemos o vínculo que nos liga ao universo. Essa ideia de que somos um, e a percepção que temos normalmente de nós e do universo é vista como algo inimaginável.
Ora, sabendo disso podemos fazer algumas conjecturas sobre coisas que não são impossíveis.
Por exemplo: qual a origem dos seus pensamentos? Eles são apenas seus? Pensemos agora na perda da individualidade e da união com o universo.
Isto é conhecido há muito tempo. Já está implantado. Alguns chamam de iluminação, meditação, outros dizem perder-se a si e unir-se com Deus.
Independentemente da experiência que se tenha, adquire-se uma percepção mais abrangente da nossa natureza e sobre os valores das coisas. Você já tem, todos nós temos uma realidade incrível e indescritível e podemos não estar a sentir por mero hábito de estarmos sempre dentro dela. Todo o conhecimento, toda a sabedoria já estão aqui, em todo o lugar, basta querer ver, querer sentir.
Tudo faz parte do todo e, para nós, tudo é percebido como várias coisas todas conectadas entre si, e como nós mesmos fazemos parte do todo, estamos ligados uns com os outros, somos um.

Abraços,

Lumena

Endim Mawess disse...

otimo texto Lu, lembra do filme o mascara, o psicanalista tinha escrevido o livro: as mascaras que usamos então ele disse pro Jim Carey que o mascara libertava o seu verdadeiro Eu, aquele que a sociedade o fazia encobrir.

Lumena Oliveira disse...

Endim Mawess,

Quando pomos "máscaras", libertamos o nosso verdadeiro Eu, precisamente aquele Eu, que a sociedade encobre, então, dentro de nós se forma conflitos, porque nos questionamos se o caminho que queremos seguir é mesmo esse.
Quando queremos ser aceites na sociedade criamos "máscaras", que são defesas que o nosso inconsciente cria com o intuito de evitar a dor dos sentimentos que nos fazem sentir.
Muitos/as indagam desta forma: se não sou aceite como sou, é porque não faço nada certo, então, terei de ser diferente para poder ser aceite e amado/a.
Começamos a criar um falso Eu como protecção e reprimimos cada vez mais o nosso Eu verdadeiro, daí surgirem insatisfações, infelicidade, conflitos, mortes, doenças e, tudo isto nos faz reflectir como está realmente a nossa vida, então, é que começamos a questionar o que está a acontecer.
Para alcançarmos o verdadeiro Eu é preciso identificarmos quais são essas "máscaras". Não é simples porque acreditámos ter sido de uma forma, para depois nos dizerem que não somos essa pessoa que idealizamos.
É necessário fazer o caminho de volta, ou seja, reaver o nosso verdaddeiro Eu, a nossa essência. Esse caminho é longo, mas precioso.

Lumena